Trata-se de um bloco único relativamente estreito e extenso de proporção 1:4,5 conformado por dois pavilhões estendidos, elevados, apenas parcialmente ocupados no térreo/pilotis, e separados por um vazio central coberto, com trechos pergolados. A solução de partido volumétrico é semelhante mas mais compacta que a do Instituto Central de Ciências da Universidade de Brasília (ICC-UnB), 1960, de Oscar Niemeyer, talvez a primeira obra em concreto aparente de Niemeyer; mas nos Quartéis os dois pavilhões justapostos do ICC praticamente se fundem em um só. Já a solução estrutural de ambos difere bastante, e como de hábito caminha, no ambiente paulista, no sentido de uma proposição de maior ousadia. Aqui não se trata, como no ICC, de peças pré-fabricadas unidas isostaticamente, mas de uma combinação entre colunas e tirantes, de maneira a permitir um número mínimo de apoios no pavimento térreo – apenas dois por secção transversal, dispostos em dois eixos longitudinais, um para cada “pavilhão”, localizados em posição central; com as lajes do primeiro pavimento e da cobertura em balanço, conformando um T (e a justaposição dos dois T conformando um ∏), sendo a viga da cobertura com maior altura de maneira a suportar, por tirantes, extremidades externas das lajes do primeiro pavimento.

A implantação compacta opta se aproximar do volume circular do Ginásio do Ibirapuera e se afastar do volume cúbico da Assembléia Legislativa, preservando as visuais para o Parque do Ibirapuera e para o Monumento às Bandeiras. A solução proposta, funcional e simples, com apenas um pavimento elevado e térreo parcialmente em trincheira, bastante vedada ao exterior pelos fechamentos praticados no pavimento superior por meio de placas de vedação em concreto, que deixam apenas esporádicas seteiras de visualização, é bastante austerar; para contrabalançá-la foi proposto um “muro-monumento” curvo, celebrando o acesso e a área de demonstrações militares, em desenho que ressoa algo da monumentalidade e plasticidade dos monumentos brasilienses niemeyerianos.